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Municipalismo: O Caminho Para a Guerra Cultural

Guerra cultural não é ocupar espaços em gabinete de deputado nem nos trending topics do Twitter. Guerra cultural é um trabalho conjunto de uma elite intelectual, militantes e artistas. O primeiro passo para iniciar uma batalha na cultura é a formação de uma elite intelectual. Uma elite capaz de formar militância. Militância esta composta por professores, movimentos estudantis, jornalistas etc. Por sua vez, a militância deve influenciar a classe artística, para que produza música, romances, novelas etc. com os valores estudados pela elite intelectual e propagados pelos militantes. Formar uma elite intelectual já é uma tarefa árdua. Quanto mais formar militância e influenciar artistas de modo a impactar o país todo. Quanto menor a escala de atuação cultural, mais viável é o processo. Porém, como atuar apenas localmente, se Brasília decide até o que os nossos filhos devem aprender? O projeto municipalistas propõe uma estratégia para descentralizar o poder sem depender de eleições, aprovei

Municipalismo e a Restauração da Monarquia

Tipos de Monarquia As monarquias tradicionais eram descentralizadas, municipalistas. Foi o absolutismo que esmagou os poderes locais, nobreza e burguesia, centralizando o poder na coroa. O constitucionalismo surgiu como uma reação ao absolutismo, limitando os poderes do rei. Porém, os constitucionalistas não eram contra a concentração de poder em si, pois não reverteram a centralização do poder na federação. Eram contra apenas a concentração de poder no monarca. Ambos, constitucionalistas e absolutistas, eram contra o municipalismo. Com o constitucionalismo veio a revolução legislativa. Aos poucos, a lei deixou de ser tradição e passou a ser um código escrito (positivado), concentrando, assim, o poder no legislativo. Afinal, quem escreve as leis domina as regras do jogo. Uma decorrência tardia da concentração do poder no legislativo é o parlamentarismo. No parlamentarismo, o executivo é composto a partir do legislativo. Isto é, é um poder submisso ao parlamento. Há um falso binarismo e

Conheça o Movimento Municipalistas

Como Está Indo a Guerra Cultural? O feminismo destruiu a educação familiar. Convenceu a mulher de que ter uma carreira de sucesso, independência financeira, é mais importante que educar seus filhos pequenos. Para que pausar a carreira? Basta deixar os filhos nas creches. O feminismo também promoveu a banalização do sexo. Com o aumento da promiscuidade, o divórcio cresceu exponencialmente.  O carreirismo feminino e o aumento do divórcio destruíram a educação familiar, responsável por transmitir disciplina e valores morais.  Filhos que crescem sem uma educação familiar adequada não amadurecem mentalmente. Continuam dependentes. Antes, dos pais, depois, do paizão estado.  Essa guerra cultural foi travada há décadas e nós perdemos. Na verdade nem lutamos. Quando entendemos, já havia passado. E não é ocupando espaços em gabinetes de deputados, levantando hashtag, que vamos combater nessa guerra. Precisaríamos construir primeiro uma elite intelectual. Depois, esta elite teria que ser capaz d

Proposta de Constituição Municipalista

Objetivo O objetivo desta constituição não é resolver os problemas do Brasil, mas descentralizar o poder e estabelecer instituições de modo que a sociedade, com o auxílio do estado e sem ser atravancada por ele, possa sanar suas necessidades. Na verdade, é este o papel que toda constituição deveria ter, estabelecer uma estrutura política coesa, em vez da atual constituição, que tenta tratar de tudo e acaba por pecar naquilo que é essencial, abrindo margem para o patrimonialismo. Tentar resolver os problemas do país não só é inviável para uma constituição, como também seria impossível estabelecer consenso, algo essencial para esta constituição que visa ser aprovada via referendo. É por este motivo que adicionamos outras propostas que não estão ligadas diretamente ao municipalismo, mas que encontram consenso perante a sociedade, reforçando os motivos pelos quais lutamos por esta causa. Níveis de Governo Os níveis de governo continuam 3: municipal, intermediário e federal. Porém, devido à

Como Deslegitimar o Sistema

O atual sistema político é completamente fechado a mudanças contrárias às dos poderosos. Basta apontar para o sistema partidário com o TSE, impossibilidade de candidatura independente e voto proporcional no legislativo para comprovar este fato. O sistema não nasceu assim, foi construído aos poucos. E, se os poderosos foram capazes de construí-lo, foi a partir de um poder anterior ao sistema eleitoral. Portanto, o problema não se limita à forma como os políticos são eleitos. A raiz do problema é a centralização do poder. É justamente por o poder político estar concentrado em Brasília, distante da cobrança da população, que o sistema eleitoral pôde ser construído da forma como é. E é pelo mesmo motivo que não adianta trocar apenas o sistema eleitoral. Do contrário, qualquer mudança é fatalmente temporária. Seria como cortar os galhos de uma árvore em vez de suas raízes. Se o sistema como um todo não for combatido, se a centralização do poder não for deslegitimada, então o próprio sistema

Voto Nulo e a Legitimação do Poder

O dilema do voto nulo não é uma escolha entre a mera abstenção e a opção pelo mal menor. Essa escolha, na verdade, é entre a deslegitimação do sistema e o contentamento por estar um palmo acima do fundo do poço que continua sendo cavado. A deslegitimação é o primeiro passo para trocar o sistema, enquanto a escolha pelo mal menor é a preservação do próprio mecanismo que nos impõe esse dilema. O Poder e a Legitimidade O estado só se mantém pela cooperação da maioria. Não há militares o suficiente para obrigar a maioria dos empresários a pagar imposto ou forçar a maioria dos caminhoneiros a trabalhar, por exemplo. Se o empresário paga suas taxas, mesmo que apenas a parte que acha ser justa ou ocultável, de duas uma. Ou acredita que o problema é culpa do eleitor que vota errado e não do sistema ou entende que correr o risco de ser pego pela receita é muito alto por se ver sozinho nessa luta. Já a chance de ser pego dentre a maioria é diminuta. A maioria só coopera com o estado por acredita

Conservadorismo Versus Democracia

Neste texto explicarei por A + B por que a democracia e o sistema político são incompatíveis com o conservadorismo e apresento a alternativa conservadora. Como definir o que é correto? O que define o certo e o errado, a opinião da maioria, o que tá na lei, ou a moral e a lógica? Qual é o parâmetro do conservadorismo? E da democracia? Na época da escravidão era considerado criminoso, sujeito fora da lei, quem libertasse escravos sem pagar a alforria. Mas a moral cristã sempre condenou a escravidão. A legislação não define o que é correto. Há aqueles que afirmam que devemos nos ater a alterar leis imorais em vez de descumpri-las independentemente do que está no papel. Quem diz tal asneira provavelmente não libertaria um escravo ilegalmente se tivesse a chance. E pior, como é que se aprova leis justas em um país comandado por bandidos, cujo sistema político privilegia a eleição dos maus? Vamos imaginar um sistema político verdadeiramente representativo, em que os políticos espelhem exatam